GUIA DE VIAGEM PARA UM PASSEIO CULTURAL E HISTÓRICO POR CIDADES ITALIANAS DE FLORENÇA E ROMA
(Roteiro de 4 Dias)

Florença, capital da região Toscana de Itália, ou Firenze, como é conhecida pelos italianos. Berço de nascimento de Leonardo da Vinci, o impulsionador do renascimento. Esta cidade é rica em história e arquitetura renascentista, como é o caso da sua emblemática Catedral de Santa Maria del Fiori, o "Duomo" de Florença, que se encontra localizada na praça de Santa Maria del Fiori, foi construída em 1296 e a sua cúpula com telhas de terracota só foi finalizada em 1436, tendo sido consagrada pelo papa Eugénio IV. A construção da fachada principal teve inicio no séc XV mas só foi concluída no séc XIX, com um magistral trabalho de mosaico em mármore colorido, do estilo neogótico.
A entrada na catedral é gratuita, mas a subida vertiginosa à cúpula é paga e se pretende alcançar a varanda do miradouro é necessário subir mais de 400 degraus que formam uma íngreme escadaria estreita.
Florença não é só arquitetura e é conhecida pela "Cidade da Arte", onde a cada esquina se podem encontrar verdadeiras obras de arte, esculturas e pinturas de grandes mestres, como Michelangelo ou Botticelli.
Roma, capital de Itália, capital do mundo Romano e da região do Lácio, uma cidade metropolitana, localizada ao longo das margens do rio tibre.
A
história de Roma abrange 28 séculos e atualmente esta cidade é conhecida pela
"Cidade Eterna" e pode ser chamada de
"Caput Mundi", capital do mundo, pelo seu grandioso património histórico e arquitetónico em que predomina o estilo barroco e neoclássico. É uma das cidades mais antigas da Europa e é considerada o berço da cultura e da civilização ocidental e cristã.
A Cidade do Vaticano, com a sua emblemática praça de São Pedro, é uma cidade estado e independente, que existe desde 1929 dentro dos limites da cidade de Roma. É a sede da Igreja Católica, governada pelo Bispo de Roma, o Papa, e o seu local de residência é no Palácio Apostólico, que se localiza junto dos Museus do Vaticano. Ainda hoje os documentos oficiais são emitidos nas duas línguas, italiano e latim.
Visitar Roma é muito mais do que história, são monumentos, museus, praças emblemáticas, lindos jardins, espetaculares fontes de origem barroca, é deambular por ruas carregadas de história, repletas de ruínas arqueológicas, é sem dúvida um retrocesso aos nossos antepassados.
Roma é como um livro de fábulas, em cada esquina encontramos um prodígio!
Sugestões para a viagem:
A melhor altura para viajar, é na Primavera ou no Outono, pois as temperaturas são mais amenas. No Verão as temperaturas são muito elevadas e torna-se muito desconfortável caminhar na cidade, com temperaturas superiores a 30ºC. A maioria dos monumentos e ruinas arqueológicas encontram-se a céu aberto, onde existem muito poucas sombras. No Inverno as temperaturas são bastante baixas, pode chover e os dias são mais curtos, tornando a visita pouco apetecível. Nós decidimos visitar estas bonitas cidades em Maio e tivemos muita sorte, com dias de sol e céu azul, com manhãs frias e temperaturas perto dos 30ºC durante a tarde.
Para nós, a melhor forma de viajar para estas cidade é de avião. Para quem já leu alguma das nossas publicações, já sabe que o Homem é madrugador e que assim que o galo canta lá vai ele pronto para mais uma aventura, desta vez sem a nossa geleira elétrica, que nos proporciona das melhores refeições junto de paisagens arrebatadoras.
Na verdade, podíamos ter ido de carro, mas exigia mais tempo de viagem e só tínhamos 4 dias. Conhecer Itália de carro deve ser maravilhoso, mas também pode ser moroso e dispendioso. Circular de carro numa cidade é assustador. Primeiro o transito, depois o estacionamento péssimo e por último, os italianos conduzem pessimamente, não param nas passadeiras, fazem inversão de marcha com duplo traço contínuo. Um verdadeiro susto!
A nossa sugestão foi: viagem pela TAP (voo direto) Lisboa - Florença no primeiro voo da manhã (7h) e regresso: Roma - Lisboa o mais tarde possível (20h). Se marcar a viagem com antecedência consegue preços mais apetecíveis.
De Florença para Roma deslocamo-nos de comboio, nós fomos no regional (24€ por pessoa) porque tínhamos tempo e era mais barato, mas são 3h45 de viagem até à estação ferroviária Roma Termini, mesmo no centro de Roma. Pode optar pelo rápido que é aproximadamente 1h30 e os preços podem variar entre 40 e 50€. Os bilhetes podem ser adquiridos na internet ou numa máquina eletrónica na estação ferroviária Florença Santa Maria Novella.
A melhor forma de conhecer Florença e Roma é andar a pé, só assim é possível ficar encantado com tanta beleza histórica e conhecer os pequenos recantos destas deslumbrantes cidades. Alugar um carro é um disparate, porque é muito complicado estacionar dentro das cidades, pois existem estacionamentos exclusivos (com tracejado azul) para residentes, o que leva ao turista ser obrigado a estacionar em dispendiosos parques de estacionamento privados. Se tem uma vida mais sedentária e não for adepto de caminhadas pode optar por alugar uma bicicleta ou uma lambreta. Existem imensas motas no centro das grandes cidades e é uma ótima forma de se deslocar.Outra informação importante e por vezes desconhecida por muita gente é o Cartão Europeu de Seguro de Doença. É um cartão para obtenção dos cuidados de saúde que pode ser utilizado na União Europeia, Islândia, Listenstaina, Noruega, Suíça e Reino Unido. Pode ser pedido através da internet, no site da segurança social e é gratuito, com duração de 3 anos. Confesso que eu não sabia e foi o Homem que me informou. O Homem tira sempre uma carta à Pai Natal. (uma brincadeira nossa).
Florença é uma cidade pequena e faz-se muito bem a pé, deambulando pelas suas ruas e ruelas, ao longo das margens do rio arno. O ponto mais longe da cidade é o miradouro na Piazzale Michangelo, que pode ser alcançado a pé, mas mais rápido e confortável se escolher ir de táxi ou uber, que foi o nosso caso.
Roma é a capital de Itália e a melhor forma de nos deslocarmos nesta cidade é de metro ou a pé. A linha de metro é bastante boa e as estações ficam muito perto das atrações principais. O preço dos bilhetes é de 1,5€ por viagem, mas pode comprar bilhete de 24 horas (7€), 48 horas (12,5€) e 72 horas (18€). Nós optamos por pagar apenas por viagem, porque só usamos o metro 1 vez por dia, optando conhecer a cidade caminhando.
Em relação ao alojamento, aconselhamos a marcar com antecedência e escolher um alojamento perto do metro e fora do centro, encontrando preços mais acessíveis. Deixo a aqui a nossa sugestão de uma guest house, Le Terraze Di San Giovanni a 200 metros da estação de metro Manzoni e a 1600 metros do Coliseu, que valeu pelo conforto do quarto, pela simpatia da proprietária e pelo terraço com vista para a cidade de Roma.
Quando falamos na gastronomia italiana o que nos vem à memória são "pastas" e "gelatos" e na verdade existem massas e pizzas em todos os restaurantes. O nosso conselho é fazer uma refeição ligeira ao almoço, do género de um panini, ou uma focaccia, ou uma fatia de pizza, deixo a sugestão da pizza de batata, uma agradável surpresa. Ao jantar e depois de quilómetros de caminhada, aconselho a sentar-se numa Trattoria, não Ristorante, por ser mais caro e degustar de uma massa, ou uma tábua de queijos e carpaccio, ou uma bisteca, uma costeleta de vitela grelhada de uma carne suculenta.
1º Dia - Lisboa, Florença, Piazale Michangelo, Ponte Vecchio, Mercato dell Porcellino, Catedral di Santa Maria del Fiori, Roma
Chegada ao Aeroporto di Firenze-Peretola e formalmente Amerigo Vespucci em Florença, pelas 10h30 da manhã (1 hora a mais que em Portugal). Um aeroporto pequeno, que se localiza a aproximadamente 10 km do centro da cidade. Saímos do avião e deslocamo-nos a pé para dentro das instalações e quando nos apercebemos estávamos na rua. Do lado esquerdo das saídas, encontra-se o "tram", um metro de superfície com acesso à estação central de Florença, a estação ferroviária de Santa Maria Novella. Os bilhetes podem ser adquiridos numa máquina eletrónica e serem pagos com dinheiro ou cartão e têm um valor de 1,5€ por pessoa.
Também pode ir de BUS, mas o bilhete é mais caro, cerca de 6€ por pessoa ou de táxi.
O centro histórico de Florença está na lista do Património Mundial da UNESCO, pela sua riqueza em arte e arquitetura, sendo considerada o Berço do Renascimento, na transição do feudalismo para o capitalismo, isto é, a produção deixou de ser artesanal e passou a ser baseada em máquinas, visando o lucro e aumento de capital e enriquecimento.
Para além de Roma e Veneza, é das cidades mais visitadas de Itália, com um grande número de turistas todo o ano, o que torna necessário planear bem a visita a Florença, isto se tem interesse em visitar alguns museus, igrejas ou monumentos. O conselho que damos, é reservar os bilhetes antecipadamente, para evitar filas de espera e não perder tempo. Nós só planeamos visitar esta cidade durante um dia e como tal, não pretendíamos visitar em pormenor nenhuma atração turística.
Florença para mim, é sem dúvida a cidade dos artistas e por essa razão é chamada de "Cidade da Arte", com arte espalhada pela rua, esculturas, pinturas, pessoas a pintar no meio de uma praça ou a olhar para a misteriosa ponte Vecchio. Existe sempre uma rua, uma esquina, que nos faz parar para mais uma fotografia.
Assim que chegamos à estação de comboios fomos procurar uma "luggage storage" para guardar a nossa bagagem num cacifo. Existem várias espalhadas no centro da cidade e pode ser pago por hora ou por dia. De seguida e bem mais leves fomos de táxi (16€) até ao ponto mais alto da cidade, a Piazzale Michangelo, um miradouro com vista privilegiada, das principais atrações turísticas da cidade de Florença com o rio Arno a completar o cenário perfeito para uma excelente memória desta cidade encantadora.
Deixando este miradouro para trás, descemos a pé em direção à Ponte Vecchio, o cartão postal da cidade de Florença. O seu nome significa ponte velha, ligando a cidade de Norte a Sul. Foi construída em pedra em 1345, em formato de arco medieval sobre o Rio Arno e apenas em 1442 os açougueiros da cidade ocuparam as lojas suspensas de forma a preservar a higiene pública. Atravessando a plataforma da ponte, fomos surpreendidos por joalharias porta sim porta sim.
Conta a história que em 1596 Ferdinando I determinou ocuparem as lojas com joalharias de forma a eliminar o mau cheiro do comercio menos nobre que ocupava a ponte. Do lado sul da ponte pode encontrar o Palazzo Pitti e a Torre del Mannelli, a única entre as 4 torres que serviam de proteção à ponte. Nós não chegamos a visitar.
Continuando pelas bonitas ruas carregadas de arte, seguimos em direção ao Duomo, a Catedral de Santa Maria del Fiori, localizada na sua praça homónima. É uma das maiores obras primas góticas e do inicio do Renascimento Italiano. A sua construção foi iniciada no séc XIII e é uma das maiores igrejas do cristianismo, com 85 metros de altura e subindo mais de 400 degraus até à cúpula, onde é possível apreciar uma vista excelente de Florença. A catedral possui uma nave central, duas laterais e um abside posterior, uma enorme Cúpula de Brunelleschi e um Campanário de Giotto.
A visita a esta bonita catedral é gratuita, mas se tiver interesse pode reservar pela internet um bilhete que inclui visita guiada, entrada na Cúpula de Brunelleschi e no Campanário de Giotto. Nós não fizemos essa visita guiada.
Visitamos a nave da catedral e não ficamos enamorados.
Florença não é só arte, é também conhecida pelos seus vinhos e azeites, calçado e malas em pele. É aqui que pode encontrar grandes lojas de alta costura italiana com preços que são muito variados.
É também conhecida pela cidade dos mercados, quase todos ao ar livre, que podem ser encontrados nas várias praças da cidade. O mais conhecido é o Mercato Centrale, um mercado muito semelhante ao nosso Mercado da Ribeira. Aqui pode degustar de uma refeição, petiscar, ou comprar frutas e legumes bem frescos.
Outro mercado muito conhecido é o Mercato del Porcellino na Piazza dell Mercato Nuovo, onde pode encontrar muitos artigos em pele, sapatos e malas. Mas o ex libris deste mercado é a escultura de bronze do séc XVII, em formato de javali. Conta a lenda, que se quer ter sorte, deve fazer uma festa no focinho do javali e deixar cair uma moeda de dentro da boca do bicho para a fonte. Sorte não sei se terá, mas vai certamente perder várias moedas.
Outra curiosidade desta praça é a "pedra de escândalo ou da vergonha", uma roda de cores branco e verde de mármore, colocada no centro da Loggia do Mercado.
Durante a Idade Média era aqui que eram punidos os devedores insolventes de Florença. O castigo consistia em acorrentar os devedores e baixar as calças e bater com as nádegas várias vezes nesta pedra.
Os edifícios mais emblemáticos de Florença, para além do Duomo, são: a Igreja de Santa Croce, o Palazzo Vecchio, o Palazzo Pitti, as Galerias de Uffizi, a galeria de arte mais antiga do mundo e uma das mais importantes, ao nível do Museu d´Orsey em Paris e da National Gallery em Londres, aqui pode encontrar famosas obras de arte do tempo do Renascimento. Esta galeria foi construída no séc XVI para escritórios da administração do Duque Cosimo I e só depois foi transformada em galeria de arte.
Infelizmente por falta de tempo nós não visitamos. Pode marcar os seus bilhetes no site getyourguides.
Deixamos aqui o nosso percurso pedestre detalhado, gravado através da aplicação Strava, banalizada entre os amantes de desporto.
Com as horas a passar, estava na altura de voltarmos à estação ferroviária Santa Maria Novella para continuarmos a nossa viagem até Roma. Compramos o bilhete nas máquinas automáticas e como tínhamos tempo e era francamente mais barato, optamos pela opção do comboio regional, uma diferença de 60€ que deu para pagarmos o jantar em Roma e até sobrou.
A viagem de comboio é bastante bonita por toda a envolvência paisagística. Os comboios possuem casa de banho e tomadas elétricas nos lugares, o que permite carregar o telemóvel ou trabalhar num computador. Destaco a falta de uma máquina de snacks e bebidas.
Depois de 3h45 minutos, chegamos à Estação Termini em Roma. Fomos de metro, na linha laranja, até à estação Manzoni e a pé cerca de 200 metros até ao alojamento que tínhamos reservado antecipadamente. O metro é a melhor forma de se deslocar na cidade de Roma, isto para quem não está habituado a caminhar, porque a melhor forma de conhecer uma cidade é a pé e foi o que nós fizemos.
Só no primeiro dia em Roma fizemos 22km a andar a pé. O Homem pensava que eu não iria conseguir e levou os seus sapatinhos à vela, claro que teve uma surpresa e eu andei os 22km e ele ficou com os pezinhos cheios de bolhas. Afinal quem foi surpreendido foi ele!
Também pode optar por autocarro, mas existe muito transito dentro da cidade e torna-se mais moroso a deslocação.
Outra opção é o autocarro turístico, onde existem várias opções, mas o mais conhecido é o Hop-On-Off Roma, com bilhetes a partir de 27€, um transporte flexível para todos os pontos turísticos e com audioguia em várias línguas, inclusive português.
2º Dia - Roma, Piazza di Spagna, Fontana di Trevi, Piazza Navona, Monumento Vitor Emanuelle; Coliseu, Forum Romano, Monte Palatino
Alvorada às 7h e depois do pequeno almoço num pequeno café com parceria com a Guest House, onde degustamos um croissant, que em Itália se chama "cornetto" e um capuccino, seguimos de metro pela linha laranja até à estação Spagna, para visitar a famosa e conhecida Escadaria da Piazza di Spagna, com os seus 135 degraus, acarinhada pela apresentação dos eventos de alta costura. Foi construída no séc XVIII para conectar a igreja à praça. É proibido sentar na escadaria.
Esta praça até ao séc XVII era conhecida como Piazza di Francia, com a sua famosa escadaria até à Igreja Trinitá dei Monti. No centro da praça encontra-se a Fonte da Barcaça, em estilo barroco, construída em memória da enchente do Rio Tibre, em 1598.
Seguindo a pé pelas ruas de Roma chegamos à Fontana di Trevi, a fonte mais turística e imponente desta cidade, com 26 metros de atura e 20 de largura.
Foi construída no séc XVIII, numa mistura de estilos barroco e neoclássico, utilizando pedras de travertino de Tivoli e mármore de Carrara. Não é uma fonte circular, tornando-a uma estrutura impar.
A figura que mais se destaca, é a estátua que fica ao centro, Neptuno, o deus do mar, que se encontra dentro de uma concha puxada por cavalos marinhos e liderada por dois tritões.
A fonte apresenta o formato de um arco triunfal no centro, sendo semelhante ao Arco de Constantino, um arco construído no ano 315, localizado em frente ao Coliseu. É como se o arco estivesse incorporado na fonte.
O tema desta fonte é as forças da natureza que ameaçam o homem e o seu trabalho.
Segundo uma lenda, que surgiu com o filme "Three Coins in the Fountain" em 1954, que contava a história de três secretárias americanas que procuravam o amor em Roma, devemos atirar de costas para a fonte, uma moeda. Se acertarmos na fonte significa que voltaremos a Roma. Se atirarmos duas moedas, diz a lenda que nos vamos apaixonar por um italiano ou italiana. Se atirarmos três moedas, dizem que nos vamos casar com a pessoa com quem estamos.
Arco de Constantino
O que é certo é que seja qual for a lenda, as moedas perderemos certamente. Nós nem tentámos atirar nenhuma moeda. As moedas são depois retiradas da fonte e doadas a uma instituição de caridade, que realiza projetos sociais.
O conselho que deixo é visitarem esta fonte pelas primeiras horas da manhã, porque a afluência turística é enorme e se querem ter uma bonita recordação fotográfica da fonte o melhor mesmo é irem cedo. Se preferir ir de metro pode sair na estação Barberini, linha laranja. Visitar a Fontana di Trevi é sem dúvida um dos grandes momentos de uma visita a Roma.
A cidade de Roma ou a cidade Eterna respira história e possui uma infinidade de monumentos e atrações para visitar, como é o caso do
Panteão de Agripa, também conhecido por Panteão de Roma, um dos edifícios mais preservados da Roma Antiga. Foi construído no ano 126 d.C. na época do Imperador Adriano. No séc VII foi doado ao Papa Bonifácio IV que o transformou numa igreja. É formado por 16 colunas de granito e uma cúpula maior que a da Basilica de São Pedro. A visita ao Panteão é gratuita.
Piazza Navona uma das mais célebres e populares praças romanas, do estilo barroco, com as suas três fontes construídas no mandato de Gregório XIII Boncompagni.
No centro da praça encontra-se um obelisco com 16 metros e a Fontana dei Quattro Fiumi, com quatro estátuas que representam os quatro rios mais importantes do mundo conhecido da altura, o Nilo, o Danúbio, o Rio Prata e o Ganges. Numa ponta encontramos a Fontana del Moro e na outra, a Fontana del Neptuno.
Para além das fontes, aqui localiza-se o Palazzo Pamphilli e a Igreja de Santa Agnes.
É uma praça muito procurada pela sua beleza, com muita animação durante o dia com artistas de rua, e uma vasta oferta de restauração.
Prosseguimos o nosso caminho para visitar Roma em direção à Piazza Venezia, onde se localiza o
Monumento Nacional Vittorio Emanuel II, construído em honra ao primeiro rei de Itália, considerado o pai da pátria italiana por ter conseguido pela primeira vez a unificação do povo italiano. Foi inaugurado em 1911 e completado em 1935.
É imperdível subir a majestosa escadaria e passear por baixo das arcadas com uma vista soberba sobre a cidade de Roma. Em 2007 foi construído um elevador panorâmico permitindo uma subida ao topo com uma vista de 360º. Dizem ser uma visão privilegiada sobre Roma. O bilhete para a subida ao topo do monumento tem o valor de 16€ por pessoa. Nós não fomos.
Almoçamos num pequeno restaurante, eu uma salada e o Homem um hamburguer e seguimos para o Coliseu, um lugar histórico por excelência. Eu comprei o bilhete pela internet antecipadamente e com hora marcada. Pode consultar o site
getyourguide. Tentamos ir mais cedo mas não foi possível pois temos de respeitar o horário da compra do bilhete. A vantagem de comprar um bilhete antecipado é evitarmos as filas de espera, mas tem a desvantagem que condiciona o dia ao horário marcado no bilhete.
Deixando o Coliseu para mais tarde, fomos conhecer a
Isola Tiberina, uma pequena ilha no Rio Tibre, com acesso através da Ponte Fabricio, ou Ponte das Quatro Cabeças, a ponte romana mais antiga.
Coliseu, eleito em 2007 uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo, considerado o maior anfiteatro romano, com uma beleza impar, mas extremamente "poluído" com o excesso de turismo. Um anfiteatro oval, construído entre 72 d.C. e 80 d.C., com tijolos revestidos de argamassa e areia, com uma audiência média de cerca de 65 mil pessoas, atribuídos de acordo com o estatuto social dos espetadores.
Palco de grandes combates de gladiadores, caças de animais selvagens, execuções. Na era medieval deixou de ser utilizado para entretenimento.
Atualmente encontra-se parcialmente destruído por danos causados por terramotos e saques (roubo de pedras para outros fins). Considerado uma das atrações mais imponentes e populares do Mundo Ocidental.
Saindo do Coliseu, caminhamos pela bonita calçada romana até ao
Fórum Romano, que em latim significa mercado. É um espaço aberto, no meio da cidade de Roma, que para além de mercado, servia de ponto de encontro, sendo palco de discussões, reuniões e debates políticos. Considerado símbolo de poder romano, vida social e política da sociedade.
Foi construído no séc VII a.c. e foi palco da vida pública durante séculos. Com o fim do Império Romano, este espaço foi esquecido e soterrado. No séc XVI já se conhecia a existência do fórum, mas apenas no séc XX, foram feitas as escavações e foi desenterrado, sendo atualmente visitado por milhares de turistas.
A principal rua da antiga Roma, chama-se Via Sacra e ligava o Coliseu à Piazza de Campidoglio e caminhar nesta rua, é uma sensação de recuar no tempo.
Este museu a céu aberto era símbolo da vida religiosa, com o culto dos Deuses, onde ainda pode visualizar vestígios de vários templos que ali existiam, como é o caso do Templo de Saturno, de Vénus, de Rómulo, entre outros.
O Fórum Romano junto com o Monte Palatino fazem parte de uma das áreas arqueológicas mais importantes da cidade. Existe mesmo quem descreva este espaço como o verdadeiro "Coração" da cidade de Roma.
Pode visitar o fórum juntamente com o Coliseu e o Monte Palatino com um bilhete único, que aconselho a comprar antecipadamente pela internet, evitando filas para entrar no Coliseu e evitando preços mais elevados na entrada das atrações.
É muito comum encontrar junto do Coliseu indivíduos de raça indiana a vender bilhetes bem mais caros do que se encontra na internet.
Monte Palatino com uma elevação de 40 metros acima do Fórum Romano, com uma vista panorâmica sobre o mesmo.
Do outro lado do Palatino encontra-se um vale ocupado pelo Circo Massimo, que na altura do Império Romano, foi uma arena para entretenimento, utilizado para espetáculos de circo e corridas de bigas, onde podia ocupar mais de 150 000 espetadores. Atualmente é neste vale onde se fazem grandes concertos com grandes bandas conceituadas a nível mundial.
No
Monte Palatino existem dois cumes separados por uma elevação: um cume central conhecido como Palácio, onde foram construídos vários palácios e um outro cume chamado de Germalo, localizado de frente para o Fórum Boário e o Tibre.
No final do Império Romano o Palatino era exclusivo dos imperadores e da sua corte, com vários palácios, jardins imperiais e era residência de vários membros da aristocracia romana.
Algumas escavações que tiveram início no séc XVIII, comprovaram que já viviam pessoas no monte Palatino desde o séc X a.c. , sendo considerado o berço da capital Italiana. Uma visita imperdível, mas com o cansaço acumulado e já quase 20 quilómetros de caminhada, não aproveitamos da melhor forma. Aconselho a fazer a visita no início da manhã e durante a Primavera ou Outono, com temperaturas mais amenas. Certamente irá aproveitar de outra forma!
Mas mesmo apesar do cansaço acumulado e de temperaturas elevadas, foi sem dúvida o ponto alto da nossa viagem à cidade de Roma.
Chegados ao hotel, depois de 22 quilómetros de caminhada, cansados, com o Homem com bolhas nos pés, mas com a alma enriquecida, descansamos um pouco e depois de um belíssimo banho foi tempo de degustar de uma excelente refeição e procurar um restaurante.
Encontramos uma pequena "Trattoria" a cerca de 50 metros do nosso alojamento. Uma belíssima refeição na esplanada, acompanhada de uma belo vinho tinto da casa, com um forte sabor a tanino, muito agradável. Para mim foi servido o prato típico romano "spaghetti casio pepe", um prato simples e barato que era servido aos gladiadores, composto de esparguete, pimenta preta e queijo pecorino. O Homem gosta mais de carne e foi servido de uma "Bisteca" de vaca. Ambos os pratos recomendáveis e mais ainda a simpatia do funcionário.
3º Dia - Republica, Palácio da Justiça, Castelo de Sant`Angelo, Vaticano, Trastevere, Manzonni
Alvorada às 7h30 e depois do nosso pequeno almoço no café com parceria com a Guest House, seguimos de metro até à estação de Republica (linha laranja), seguindo a pé pelas bonitas ruas de Roma, passámos por um belíssimo edifício, o Palácio da Justiça, o Tribunal de Roma, sede da Corte Suprema de Cassazione, chamado em italiano de II Palazzaccio, construído entre 1888 e 1910, inspirado na arquitetura renascentista e barroca e revestido em travertino calcário.
Com a aproximação à Cidade do Vaticano, passámos pelo
Castelo de Sant´Angelo, que de castelo tem pouco e mais parece uma fortaleza.
Localiza-se na margem direita do rio Tibre, muito próximo da cidade do Vaticano. Foi construído sobre as ruínas do antigo Mausoléu de Adriano e atualmente é um museu.
Aqui pode conhecer um pouco mais sobre a história de Roma e do Vaticano. No último andar do castelo existe um terraço panorâmico, onde é possível tirar fotografias da cidade. O valor da entrada são 15€ e se pretender uma visita guiada com subida ao terraço, são 45€. Nós não visitamos este espaço.
Depois de um café para retemperar as forças, numa esplanada muito agradável, foi tempo de visitar o "ex libris" de Roma, a cidade do Vaticano.
Cidade do Vaticano, localizada no coração de Roma, uma cidade estado, independente, considerado um principado.
O Vaticano é conhecido por ser o centro nevrálgico da Igreja Católica. Neste espaço, encontramos a residência do Papa e a Praça de São Pedro, situada em frente à Basílica de São Pedro, construída no séc. XVII por Bernini, uma das praças mais conhecidas do mundo, no entanto surpreendentemente mais pequena do que poderíamos imaginar. É nesta praça que o Papa celebra a Missa Pontificia nas mais importantes festas da Igreja.
No centro, encontra-se um obelisco do Antigo Egito, do séc XIII, com 40 metros de altura. A cada um dos lados do obelisco encontra-se uma fonte, ambas as fontes foram projetadas por Maderno em 1613.
Nesta praça existem 284 colunas, com cerca de 140 estátuas de santos, mártires, papas e fundadores de origem religiosa que complementam a beleza desta praça.
Basílica de São Pedro, o mais importante edifício religioso da Igreja Católica. A reconstrução desta Basílica foi concluída em 1626 e foi solenemente consagrada pelo Papa Urbano VIII. Encontra-se ligada ao Palácio Apostólico por um corredor em direção à Scala Regia e dois corredores que o ligam com a sacristia.
No interior encontram-se 45 capelas e 11 altares que contêm obras de arte extremamente valiosas. Aqui, existem três naves separadas por pilares: a nave central coberta por abóbodas de berços, a nave da epístola do lado direito, onde se encontram alguns monumentos funerários e a nave do evangelho, do lado esquerdo, onde existe a "Capela do Baptismo", a "Capela da Apresentação" e a "Capela do Santíssimo Sacramento". Todo o seu interior é adornado com 340 estátuas de santos, mártires e anjos.
A cúpula da Basílica é a mais alta cúpula do mundo, com 136,57 metros do chão até ao topo da cruz do exterior, uma característica dominante do horizonte de Roma.
Visitar a Basílica de São Pedro é gratuito, mas subir ao alto da sua imponente cúpula paga-se. Consegue comprar os bilhetes antecipadamente pela internet com uma visita guiada à Basílica, subida à cúpula e túmulos papais por 39€.
Do ponto mais alto da cúpula, admire as vistas panorâmicas da cidade do Vaticano, incluindo os seus jardins. Pode também observar e ficar maravilhado com os monumentos da Roma Antiga, incluindo o Coliseu.
Na fachada principal encontra-se a Varanda das Bençãos, lugar onde é anunciado aos fieis a eleição do novo Papa.
Museus do Vaticano, um conjunto de museus mais importantes do mundo e visitá-los é um marco essencial para quem visita Roma. Dentro dos museus podemos encontrar grandes obras de arte, arquitetura e etnologia ao longo de mais de vinte séculos de história e de arte. As salas de Raffaello, a Pinocoteca, a Capela Sistina, são exemplos de um grande número de coleções de arte inestimáveis.
Capela Sistina foi edificada por ordem de Sisto IV e possui no seu interior decorações pintadas por artistas como Sandro Botticelli e Pietro Perugino. Em 1508 por ordem de Giulio II, o artista Michelangelo Buonarroti alterou as decorações pintadas com novas pinturas.
Pode visitar a Basílica de São Pedro de forma gratuita, mas prepare-se para longas filas de espera, que foi o que nos aconteceu. O melhor é ir o mais cedo possível para evitar uma fila muito longa, porque a visita vale muito a pena e certamente não se vai arrepender. Nós gostamos muito. Infelizmente não compramos o bilhete de entrada para os Museus do Vaticano e Capela Sistina, mas certamente que deve ser um visita imperdível passeando pela Galeria da Cruz Negra onde podemos encontrar restos mortais de alguns reis, contemplar verdadeiras obras de arte do renascimento nas Salas Rafaello ou ficar maravilhado na Capela Sistina de Micheangelo, um dos maiores tesouros artísticos do mundo. Se quiser comprar uma entrada para os Museus do Vaticano aconselho a comprar com antecedência pela internet e assim evita filas de espera. Pode comprar os bilhetes no site
getyourguide e tem muitas opções à sua escolha.
Estávamos bastante cansados do dia anterior, o Homem com bolhas nos pés e eu sentia-me doente, esse foi um dos motivos de não termos comprado o bilhete. Hoje, quando olho para trás, arrependo-me porque não sei se algum dia voltarei a Roma.
Continuando a nossa caminhada, fomos almoçar uma pizza com uma salada na zona de
Trastevere, passando pela Basílica de Santa Maria de Trastevere. Trastevere
deriva do latim ‘Trans Tiberim’, que significa através do Tibre, onde se desenvolveu o núcleo original da cidade. Inicialmente, o bairro era habitado pelas classes sociais menos abastadas de Roma.Atualmente, é um bairro moderno e colorido, que preserva as suas raízes centenárias de classe operária. É conhecida pela vida boémia, pelas Tratorias tradicionais, cervejarias artesanais e pequenas lojas de artesanato. Caminhar por estas ruelas estreitas e medievais é ser transportado no tempo, uma verdadeira maravilha.
Com o cansaço acumulado, fomos descansar ao sol no terraço da nossa simpática guest house
La Terrazza di San Giovanni e ao final da tarde fomos caminhar até à
Piazza di San Giovanni, onde podemos encontrar a Basílica di San Giovanni in Laterano cuja origem remonta ao tempo de Constantino.
No centro desta praça encontra-se um obelisco egípcio, feito de granito vermelho, o mais antigo e alto da cidade, com cerca de 31 metros.
Foi transferido do Egito para Roma num navio específico por Constâncio II, no ano de 357 e foi colocado no Circus Maximus. Em 1587, depois de ser encontrado em três pedaços, por ordem de Sisto V, o obelisco foi transportado até à Piazza di San Giovanni em 1588.
Com a hora do jantar a aproximar-se foi tempo de procurar um restaurante próximo.
Acabámos por decidir voltar ao mesmo restaurante, ou melhor Trattoria da véspera, pela simpatia do funcionário e pela qualidade da comida e para acabar em grande a nossa última noite em Roma nada melhor que uma degustação de uma tábua de queijos e enchidos da região, bem acompanhada por um bom vinho tinto.
Existe uma diferença entre trattoria e ristorante e está no preço, como tal, nós aconselhamos sempre a trattoria porque é bem mais barata e come-se igualmente bem.
4º Dia - Spagna, Piazza del Popolo, Vila Borghese, Manzonni, Termini, Aeroporto, Lisboa
O nosso último dia na cidade de Roma e o que fazer?
Durante três dias percorremos a cidade a pé e ficámos muito bem impressionados com o que vimos. Uma cidade não se vê debaixo da terra ou de autocarro, só conseguimos ter a verdadeira noção da cidade e de todos os seus recantos, caminhando.
Roma tem de ser feita a pé, só assim consegue sentir toda a magia desta magnífica cidade, que mais parece um museu a céu aberto.
Depois do pequeno almoço, deslocamo-nos de metro até à estação de Spagna (linha laranja), para mais uma fotografia, para o meu blog, na famosa escadaria da Piazza di Spagna.
Continuando o nosso percurso, seguimos até à Piazza del Popolo, que significa praça do povo, com as suas 3 igrejas e fontes. A praça localiza-se dentro do portão norte nas Muralhas Aurelianas. No centro, encontra-se um obelisco egípcio, sendo o segundo mais antigo e um dos mais altos de Roma. A norte, encontra-se a porta del popolo.
Desta praça saem três ruas importantes: a Via del Babuino que vai até à Piazza di Spagna; a Via Ripeta que vai até ao rio Tibre e a Via del Corso, uma das principais ruas da cidade de Roma, onde vai encontrar as mais deslumbrantes lojas de alta costura. Durante séculos esta praça foi local de execuções públicas.
Deixando a Piazza del Popolo para trás, subimos uma pequena escadaria em direção aos Jardins da Villa Borghese. Aqui é possível ter uma bela vista até ao Vaticano. Um dos maiores parques urbanos da Europa, onde prevalece o verde da natureza combinando com esculturas, fontes romanas de famosos artistas, monumentos, entre outros relacionados com a arte Romana.
Os jardins foram edificados para vila de recreio que servia o palácio e para acomodar obras de arte espalhadas pelos jardins. Foram refeitos no séc XIX e abriram ao público em 1903.
Se tiver tempo aconselhamos a percorrer esta zona da cidade, a passear pelos jardins, a contemplar as esculturas e as fontes, a sentar-se num banco de jardim e apenas desfrutar do silêncio, da natureza, do chilrear dos passarinhos.
É no meio deste cenário que pode andar de barco no lago que se encontra no centro do jardim, ou pode alugar uma bicicleta ou um carro a pedal para duas ou quatro pessoas, uma ótima forma de percorrer as ruas que integram esta Villa. É sem dúvida um parque bastante grande e se o fizer de carro ou bicicleta, certamente será menos cansativo.
Pode fazer também uma
visita guida pela Galleria Borghese, onde pode apreciar esculturas e pinturas de Gian Lorenzo Bernini, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Raffaello. Esta Galeria era uma Palácio, que foi construído entre 1613 e 1616.
Nós não fizemos esta visita.
Voltando à Piazza del Popolo, percorremos a Via del Corso, uma das principais ruas da cidade que liga esta praça até à Piazza Venezia, onde se encontra o Monumento Vittorio Emanuele. Uma estrada larga, reta, com aproximadamente 1,5 km de comprimento. A parte mais a norte da estrada é restrita a pedestres e é um importante centro de compras para turistas.
Antes do séc XV a rua chamava-se Via Lata que significava caminho largo. A partir do séc XV a rua passou a servir como pista de corrida de cavalos na altura do carnaval romano e passou a chamar-se Via del Corso.
A nossa estadia em Roma estava a chegar ao fim e continuámos caminhando até ao nosso alojamento onde tínhamos guardado os nossos pertences, passando novamente por alguns dos seus monumentos mais emblemáticos e para termos a certeza que deixamos Roma com o seu melhor cartão postal, o Coliseu.
Depois de termos a nossa bagagem, seguimos a pé pois ainda tínhamos bastante tempo até à Estação Termini construída em 1867, para apanhar o comboio com acesso ao aeroporto. Esta estação é bastante grande e decidimos comprar o bilhete do comboio na máquina automática, mas como tínhamos algumas dúvidas o Homem decidiu perguntar a um funcionário que nos informou qual o bilhete que devíamos comprar. Se até aqui não tinha críticas a fazer, a partir deste momento o fim da nossa vigem podia ter corrido muito mal. Vou explicar:
Primeiro, o horário dos comboios que aparece nas máquinas automáticas é o horário durante a semana e não do fim de semana, logo era um sábado e não batia a bota com a perdigota, menos comboios, horários errados, sem nenhuma referência à ligação com o aeroporto.
Segundo, depois de falarmos com alguns funcionários lá conseguimos perceber qual a plataforma e o comboio que devíamos seguir, mas mais uma vez dentro comboio, não existe nenhuma referência à estação de ligação para o aeroporto. Por sorte, eu reparei que ao pararmos na estação Roma Ostiense algumas pessoas saiam do comboio com malas de viagem e disse ao Homem que era esta a estação que tínhamos de mudar, e lá fomos nós a correr para fora do comboio.
O conselho que damos, é comprar o bilhete para o Leonardo Express, um comboio direto até ao Aeroporto Fiumicino, com duração de 32 minutos e com um custo de 14€ por pessoa e assim não terá os mesmos problemas com que nos deparamos. O meu avó já dizia "o barato sai caro" e é uma grande verdade!
A nossa viagem chegou ao fim e regressamos a casa com a certeza que vamos mais ricos de beleza, de cultura, de costumes, de pessoas, de cheiros. Roma é sem dúvida a Cidade Eterna, onde a arquitetura fascista encontra o clássico do Renascimento, onde o antigo choca com o contemporâneo.
Roma é tudo isto e por vezes é preciso sentar e apenas sentir e foi o que nós fizemos!
"Roma não é como nenhuma outra cidade.
É um grande museu , uma sala de estar
que deve ser cruzada em bicos de pés."
Alberto Sordi
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